quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Morreste-me



José Luís Peixoto é apaixonante.
Só assim consigo descrever, o autor, sempre que acabo um livro.
Assim, apresento-vos o livro que me fez emocionar de uma forma que se manifestou fisicamente fosse pelo nó na garganta ou pela àgua que me rasou os olhos: "Morreste-me".
Um número pequeno de páginas, em letra "gorda", que transbordam sensibilidade em palavras simples que se transformam em emoção.
Não são balelas sentimentais, sao sentimentos comuns. E é aqui que lhe reside, entre outras coisas, a diferença: a naturalidade com que escreve, como se cada um de nós o pudesse ter escrito. Mas não fazemos. Não porqeu não o sintamos, ou não sejamos capazes, mas não somos todos escritores e nem todos conseguimos fazer com que as palavras chorem, respirem e transpirem connosco.


Sugestão: Ler "Uma casa na escuridão" e "Cemitério de pianos" --> com o "Morreste-me" fazem um trio literário da minah preferência.  

1 comentário:

Filipa disse...

Não li o “Morreste-me”, apenas o “Cemitério de Pianos”… Apesar disso, posso dizer que a naturalidade com que escreve é para nós desconcertante, pois se uma personagem chora, obriga-nos a chorar com ela… Para fazer-nos sentir isto é preciso brincar com a língua (neste caso, a portuguesa) e conhecer muito bem o ser humano… Poucos são os homens (e as mulheres) que o conseguem… Mas José Luís Peixoto é um deles…