quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Bom Ano 2009!

Um brinde a todos aqueles que nos têm visitado e comentado.
Um brinde a quem tem aceitado as nossas sugestões.
Um brinde aos que ainda nos visitarão.
Um brinde aos livros.
Um brinde à música.
Um brinde ao cinema.
Um brinde ao lazer.
Um brinde à cultura.
Um brinde aos vossos desejos!
Um brinde a 2009!

Bom Ano para todos!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Concertos no dia 31 de Dezembro

E porque 2009 está à porta, aqui está uma pequena lista de concertos para quem não quer ficar em casa dia 31, mas ainda não decidiu para onde vai! De Norte a Sul (sem esquecer as ilhas), para diferentes gostos e carteiras…

Os Pontos Negros + Smix Smox Smux - Alla Scalla, Braga / 15 €

Demo & Dino + Pete tha Zouk + Nelly Deep + Binte 30 + In Motion + Ruca + Dirtyfaders + Terraza – Pacha, Esposende (Ofir) / 22:00h / 30 €

Nuno Forte + Dinis + Filipe Saraiva + Hi Fidel Cartel + Basic Manuvers + Trap + Maia + Original Pressure + Bass Brothers + Sleepz + Zirash (Pow Pow '09) - Porto - Porto-Rio - 00:00h

Irmãos Verdades - Complexo Big Cansil, Santa Maria da Feira / 00:00h/ 15 €

Boney M - Casino de Espinho / 20:00h / 250 €

Fernando Alvim (DJ set) - Centro Cultural e de Congressos de Aveiro / 23:00h / 35-40 €

Alec Empire + Bad Company + Sigma + MC Marter X + Subway + Patmac + Zé Guilhas + Dogz United + Trap + Zirash + T-Rex [NYE 2009] - Teatro Sá da Bandeira, Porto / 22:30h/ 16-20 €

Rita Mendes (DJ set) - Edifício da Alfândega do Porto / 23:00h/ 40-50 €

Sister Sledge + Citizens + Cadillacs + Dinamyte - Salão Preto e Prata, no Casino Estoril (Cascais) / 20:30h/ 500 €

Pedro Abrunhosa & Bandemónio - Avenida de Abril, Figueira da Foz / 23:45h/ Entrada Livre

David Fonseca + Deolinda - Praça do Mar, em Loulé ( Quarteira) / 22:30h/ Entrada Livre

Pólo Norte - Torres Vedras (Turcifal) - The Westin CampoReal/ 20:00h/ 220 €

Xutos & Pontapés - Casino de Lisboa / 22:30h/ Entrada Livre

Da Weasel + Sérgio Godinho - Praça do Comércio, Lisboa / 22:00h/ Entrada Livre

Irmãos Catita - Santiago Alquimista, Lisboa / 22:00h/ 20-25 €

João Gil + Susana Félix + Shout + No DJs - Largo Sá da Bandeira, Santarém/ 22:30h/ Entrada Livre

Carlos Mendes + Paco Bandeira + Orquestra Santos Rosa - Largo de Marvila, Santarém/ 22:30h/ Entrada Livre

José Cid + Pasíon Cubana + Christian F + King Bizz - Largo de São Francisco, Faro/ 22:00h/ Entrada Livre

Santos & Pecadores - Portas do Mar, Ponta Delgada / 23:00h/ Entrada Livre

Mike Figuer + Mané + Maurílio Freitas + Nélio Fabrício + Joaquim - Funchal - Marina/ 14:00/ Entrada Livre

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Admirável Mundo Novo





Não existem casamentos nem família. As crianças são produzidas e condicionadas para serem os adultos que é necessário que sejam, de forma a que seja garantida a estabilidade social, numa sociedade onde se venera “Nosso Ford” e onde todas as coisas são tão perfeitamente planeadas e estruturadas que fazem parecer o Caos em que vivemos um paraíso livre e libertador.
Trata-se de uma enfadonha utopia que retira ao indivíduo toda e qualquer liberdade de escolha e que, quando algum imprevisto surge, basta um comprimido de “SOMA” para que tudo volte à normal e inconsciente felicidade, metodicamente programada e preparada por outros.
Ali, somos marionetas cujos cordões são puxados pela urgência das convenções inertes da sociedade estável e imóvel das esperanças e dos receios pueris daqueles detêm o controlo das liberdades, das opções e até dos pensamentos de todos os indivíduos.
Contudo, existe sempre a excepção à regra, existe a dissidência física, espiritual e intelectual daqueles que não sucumbem à tirania das maiorias e dos poderes implementados, por desconhecerem o que está longe da sua “reserva de selvagens”, não possuindo a paradoxal bênção da civilização e porque, por isso, mantêm a força e a inocência pura do espírito indomado e indomável.
É uma obra genial de Aldous Huxley, que rompe com as regras estabelecidas e que, numa análise de extrema lucidez e originalidade, faz uma crítica tremenda às aspirações, possivelmente genuínas, mas, ao mesmo tempo, impensadas e inconscientes dos mais progressistas dos líderes.

domingo, 28 de dezembro de 2008

As Ondas de Virginia Woolf



Virginia Woolf

Virginia Woolf (Adeline Virginia Stephen, nome de solteira) nasceu em Londres em 1882 e suicidou-se em Lewes, em 1941. Cresceu num ambiente de intelectuais em Bloomsbury, centro da vida cultural inglesa durante muitos anos. A escrita de Woolf ficou marcada pelo uso da técnica do denominado “fluxo de consciência”, através da qual as personagens revelam os sentimentos mais profundos.

Algumas obras:
- A Viagem (1915)
- Noite e Dia (1919)
- O Quarto de Jacob (1922)
- Mrs. Dalloway (1925)
- Rumo ao Farol (1927)
- Orlando, Uma Biografia (1928)
- As Ondas (1931)
- Entre os Actos (1941)
Distinguiu-se pelos seus estudos sobre a condição feminina, como se pode comprovar em Um Quarto Que Seja Seu (1929) e Os Três Guinéus (1938).

As Ondas





O título é uma metáfora, representa as fases da vida das personagens como se fossem marés, que os aproximam e os afastam. Sensível, solitária, melancólica, misteriosa, desencantada e sem esperança, por fim depressiva Woolf mergulha nos pensamentos mais profundos do ser humano, o que nos leva a ficar suspensos na leitura como se nos ausentássemos do corpo, tal como as personagens.


A história baseia-se na relação de seis pessoas totalmente diferentes, desde a infância à velhice. Com o passar do tempo, elas afastam-se umas das outras, mais tarde reencontram-se devido à morte de uma delas e sentem-se estranhas, porque se apercebem que desperdiçaram momentos que podiam ter vivido juntas.


A narração é feita de modo indirecto, sendo este um aspecto muito conhecido da escrita de Woolf. A obra é construída de diálogos, mas diálogos interiores, são formas de pensar ditas como que em voz alta. À medida que as personagens vão amadurecendo, os seus discursos também amadurecem e é por eles que vamos tendo noção da passagem do tempo. Somos forçados a encarnar as personagens, pois é despertada em nós uma sensibilidade ao ponto de pensarmos o que elas pensam, sentirmos o que elas sentem, o que nos leva a mergulhar no labirinto de ondas que se chama ser humano. O que é para nós o tempo? Qual o sentido da nossa existência? Qual é o significado da vida e da morte? Estas são algumas das questões levantadas pelas personagens, e o que facilmente nos leva a identificar com elas.


Ler As Ondas é como ouvir uma infinidade de sons através de uma única voz, é ver diferentes rostos do ser humano, é permitir que um rasgo poético de consciências atravesse a nossa própria consciência, revelando-nos cruamente que não é surpresa a escuridão que somos. Tudo se concentra no indivíduo, nada mais existe para além do que reside nele… Goste-se ou não se goste, ninguém consegue ficar indiferente a Virgínia Woolf…

sábado, 27 de dezembro de 2008




Ainda que, obviamente, todos os elementos do grupo The Doors sejam de extrema importância, creio que não será exagero dizer que Jim Morrison foi o seu corpo e a sua alma. Esta emblemática e enigmática figura, que adorava a morte libertadora, fazia do excesso um modo de vida, sempre com o intuito de alargar as “portas da percepção” e, assim, perceber o que está para além da banalidade. “You’re all a bunch of slaves!”, gritava Jim indignado com a sociedade agrilhoada ao imperialismo e sufocada pelo capitalismo.
Cantor, compositor, poeta e com formação cinematográfica na UCLA, esta lenda da década de 60/70 transpunha os limites da realidade e trespassava de um alucinante fulgor tudo aquilo em que tocava…
No filme The Doors, de Oliver Stone, embora com algumas imprecisões, podemos ficar com uma boa noção do que foi a vida desta banda e, sobretudo, de Jim Morrison, desde a sua estadia na UCLA até à sua morte, em 1971.
Além disto, importa ainda referir que, neste mês de Dezembro em que se celebra o seu aniversário de nascimento, foi anunciado um novo documentário, intitulado “When You’re Strange”, de Tom DiCillo e que será lançado em Janeiro do próximo ano.




Excerto do filme The Doors, de Oliver Stone

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Agenda Asterisco

Ballet Preljocaj: o conto da Branca de Neve, bailado romântico contemporâneo,coreógrafo Angelin Preljocaj
Local: Centro Cultural de Belém.
Data:de 27 a 29 de Dezembro

Strauss Festival Orchestra e Strauss Ballet Ensemble
Local:Casa da Música - Porto
Data: 27 de Dezmebro

Ensemble Bonne Corde
Local: Museu Bogueira da Silva - Braga
Data: 27 de Dezembro (18h00)
Preço: 7€ (sujeito a desconto)

Trompetes de Natal
Local: Parque de Exposições de Braga
Data: 28 de Dezembro (18h00)
Preço: 5€. Entrada livre para crianças.

Histórias de Metal e Outros Contos
Local: Centésima Página - Braga
Data: até 31 de Dezembro (das 9h00 às 19h30)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Rodrigo Leão

Rodrigo Leão nasceu em Lisboa, em 1964.
Foi co-fundador dos Sétima Legião em 1982 e dos Madredeus em 1985, mas afastou-se definitivamente dos grupos em 1995, para se dedicar inteiramente à sua carreira a solo.

Podemos caracterizar duas fases distintas na carreira a solo: a primeira, mais intimista, instrumental clássica e sinfónica e a segunda, a partir de Alma Mater, Pasión e Cinema, onde a presença de voz começa a tornar-se uma constante.

Participações nos seus álbuns: Lula Pena, Adriana Calcanhoto, Sónia Tavares e Nuno Gonçalves dos The Gift, Rui Reininho dos GNR, Beth Gibbons dos Portishead, Ryuichi Sakamoto, entre outros.

Álbuns: Ave Mundi Luminar (1993), Mysterium (1995), Theatrum (1996), Alma Mater (2000), Pasión (2000 e 2002), Cinema (2004), O Mundo (1993-2006), Portugal, Um Retrato Social (2007)



Deixo apenas dois vídeos como sugestão...
"A Casa" do álbum "Alma Mater"...


"Rosa" do álbum que considero simplesmente perfeito... "Cinema"


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Bom Natal!!!



A todos um Bom Natal!!

Aproveitem para se divertirem e descontraírem!

As minhas sugestões de Natal:

Música:













Livro:


Um clássico fantástico.
Sinopse
O Natal não consegue suscitar em Ebenezer Scrooge mais do que "Bah, Humbug!", a sua característica expressão de desprezo e escárnio. Scrooge, é um velho sovina cuja obsessão pelo sucesso financeiro deixou azedo e sozinho na sua velhice.

Mas numa véspera de natal, Ebenezer tem a maior lição que alguma vez podia imaginar, quando os fantasmas do Passado, Presente e do Futuro lhe fazem uma visita, levando-o numa viagem através da sua vida, que lhe vai abrir o coração para algo muito mais poderoso que o dinheiro: o Amor, os Amigos e a Família.




Cinema:
Não, não é o Sozinho em casa

Cristmas Story



nota: Não me lembro do nome do realizador. Mal a memória mo permita e coloco aqui!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Hoje em Braga (Fnac)

KEITH JARRETT, GARY PEACOCK, JACK DEJOHNETTE
Standards
15.12SEG22H00Braga

O trio de jazz contemporâneo formado por Keith Jarrett, Gary Peacock e Jack Dejohnette mostra mais uma vez a sua interpretação inovadora para os grandes clássicos da música popular norte-americana. Com Standards I e II, tem a oportunidade de ver os dois concertos gravados ao vivo no Japão, onde se apresentam inesquecíveis versões de " When You Wish Upon a Star", " Georgia on My Mind " e" When I Fall in Love " entre outras.


Retirado de: http://cultura.fnac.pt/Agenda/fnac-braga/2008/12/1/keith-jarrett-gary-peacock-jack-dejohnette

domingo, 14 de dezembro de 2008

Eric Arthur Blair escreveu 1984 sob o pseudónimo George Orwell. O livro é uma metáfora sobre o poder exercido por regimes totalitários, extremamente violentos e opressivos sobre as sociedades europeias modernas, acabando por servir de aviso para os contemporâneos do autor e para as gerações futuras. Aliás, por se tratar de uma altura conturbada a esse nível, o título resulta da inversão dos dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, em 1948, por pressão dos editores.

1984 é um dos ícones da literatura, que espelha de uma maneira sublime o que é uma distopia. Se pensarmos no passado e analisarmos o presente, a realidade económica, politica e social em muitos aspectos é análoga, o que torna a obra intemporal. E a prova disso é que O Grande Irmão, o olho que tudo vê, serviu de inspiração para o nome de um programa que mais êxito teve dentro do género dos reality shows.

Outros livros do escritor:

- Down and Out in Paris and London (1933)
- Dias da Birmânia (1934)
- O Vil Metal (1936)
- The Road to Wigan Pier (1937)
- Homenagem à Catalunha (1939)
- Coming Up for Air (1939)
- O Triunfo dos Porcos (1945)


sábado, 13 de dezembro de 2008

Ensaio Sobre A Cegueira (Blindness)

Sinopse

Fernando Meirelles, realizador reconhecido internacionalmente transporta para o cinema uma das mais aclamadas obras de José Saramago - O Ensaio Sobre a Cegueira.


Uma cidade é devastada por uma epidemia instantânea de “cegueira branca”. Face a este surto misterioso, os primeiros indivíduos a serem infectados são colocados pelas autoridades governamentais em quarentena, num hospital abandonado.
Cada dia que passa aparecem mais pacientes, e esta recém-criada “sociedade de cegos” entra em colapso. Tudo piora quando um grupo de criminosos, mais poderoso fisicamente, se sobrepõe aos fracos, racionando-lhes a comida e cometendo actos horríveis.


Há, porém, uma testemunha ocular a este pesadelo: uma mulher, cuja visão não foi afectada por esta praga, que acompanha o seu marido cego para o asilo. Ali, mantendo o seu segredo, ela guia sete desconhecidos que se tornam, na sua essência, numa família. Ela leva-os para fora da quarentena em direcção às ruas deprimentes da cidade, que viram todos os vestígios de uma civilização entrar em colapso.


A viagem destes é plena de perigos, mas a mulher guia-os numa luta contra os piores desejos e fraquezas da raça humana, abrindo-lhes a porta para um novo mundo de esperança, onde a sua sobrevivência e redenção final reflectem a tenacidade do espírito humano.



Opinião:
Blindness transborda de mensagens “ocultas” sob a capa da epidemia de cegueira branca. O caos gera violência e revela a degradação do ser humano enquanto ser individual e social, mostrando através das personagens que existe uma cegueira de sentimentos, social, de insensibilidade e de indiferença.

O filme é no seu todo uma metáfora, uma espécie de «agnósia moral» que se apodera da humanidade. Na realidade somos cegos, não nos conhecemos e não sabemos como os outros são. Além disso, não queremos ver que somos capazes do pior e do melhor nas situações mais difíceis, sobretudo do pior. A não perder….

Realização: Fernando Meirelles
Intérpretes: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover, Gael García Bernal, Sandra Oh, Yusuke Iseya e McKellar
Ano: 2008
País(es): co-produção independente entre Brasil, Canadá, Japão
Género: Drama, Thriller
Distribuidora: Castello Lopes



Sugestão: Ver também os dois filmes do realizador: Cidade de Deus e O Fiel Jardineiro

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Morreste-me



José Luís Peixoto é apaixonante.
Só assim consigo descrever, o autor, sempre que acabo um livro.
Assim, apresento-vos o livro que me fez emocionar de uma forma que se manifestou fisicamente fosse pelo nó na garganta ou pela àgua que me rasou os olhos: "Morreste-me".
Um número pequeno de páginas, em letra "gorda", que transbordam sensibilidade em palavras simples que se transformam em emoção.
Não são balelas sentimentais, sao sentimentos comuns. E é aqui que lhe reside, entre outras coisas, a diferença: a naturalidade com que escreve, como se cada um de nós o pudesse ter escrito. Mas não fazemos. Não porqeu não o sintamos, ou não sejamos capazes, mas não somos todos escritores e nem todos conseguimos fazer com que as palavras chorem, respirem e transpirem connosco.


Sugestão: Ler "Uma casa na escuridão" e "Cemitério de pianos" --> com o "Morreste-me" fazem um trio literário da minah preferência.  

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

À Procura da Terra do Nunca (Finding Neverland)


SINOPSE
As imaginações prodigiosas de um homem entrelaçam-se numa emocionante história inspirada em acontecimentos da vida do escritor escocês James Mathew Barrie.Após o insucesso de sua última peça, e com uma vida amorosa algo decepcionante, J.M.Barrie, desafiando as convenções de uma Londres eduardiana, torna-se acompanhante de uma viúva solitária e pai substituto para os seus quatro jovens filhos.Na companhia dessa nova família, Barrie encontrará a grande inspiração para criar o ficcional herói Peter Pan, o famoso clássico da literatura infantil, que fala directamente com a criança que existe em todos nós.

Opinião:
Para mim foi um filme surpreendente (nunca tinha pensado no Peter Pan desta forma), emocionante e extremamente sensível. Devo acrescentar a fantástica interpretação de Johnny Depp e de Freddie Highmore (às lágrimas do final são de uma realidade arrepiante).
Um óptimo filme Mara ver e rever.

REALIZADOR Marc Forster
INTÉRPRETES Johnny Depp, Kate Winslet, Julie Christie, Radha Mitchell, Dustin Hoffman, Freddie Highmore, Joe Prospero, Nick Roud, Luke Spill, Ian Hart, Kelly Macdonald, Mackenzie Crook, Eileen Essel.
Ano: 2004
Duração: 97 minutos
Extras: 7 NOMEAÇÕES OSCAR® DA ACADEMIA™ incluindo MELHOR FILME

Sugestão:
Ver também Charlie e a Fábrica de Chocolate, com Johnny Depp e Freddie Highmore.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Jeff Buckley - Grace



Jeff Buckley - "Hallelujah"

É intemporal.
Numa década dominada pelo grunge, Grace é um álbum rock e bastante complexo.
Todo o álbum tem por base a voz quente e intimista de Buckley aliada a composições de grande sensibilidade, variando entre temas de mais consciência, românticos, “agrestes” e violentos pela intensidade e culminando num cover fantástico de “Hallelujah” de Leonard Cohen.
Tudo isto torna Grace numa obra superior, atrever-me-ia a dizer perfeita. Soma-se-lhe a morte prematura, de um pretenso génio da música, e temos a receita para a intemporalidade.
Como álbum de estreia e, ao mesmo tempo, ponto final da carreira, deste artista , ficamos a pensar que papel extraordinário teria tido Jeff Buckley no mundo da música se tivesse vivido mais tempo.

Sugestão: Ouvir também “Sketches for my Sweetheart the Drunk”.

1. "Mojo Pin" (Jeff Buckley, Gary Lucas) – 5:42
2. "Grace" (Jeff Buckley, Gary Lucas) – 5:22
3. "Last Goodbye" (Jeff Buckley) – 4:35[5]
4. "Lilac Wine" (James Shelton) – 4:32
5. "So Real" (Jeff Buckley, Michael Tighe) – 4:43
6. "Hallelujah" (Leonard Cohen) – 6:53
7. "Lover, You Should've Come Over" (Jeff Buckley) – 6:43
8. "Corpus Christi Carol" (Benjamin Britten) – 2:56
9. "Eternal Life" (Jeff Buckley) – 4:52
10. "Dream Brother" (Jeff Buckley, Mick Grondahl, Matt Johnson) – 5:26

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eugénio de Andrade










A mais bela definição de amor


Muitos tentaram e muitos conseguiram, mas nenhum com tanta verdade como Eugénio de Andrade no poema “Quase Nada”. É que após a “longa e só hesitação”, surgem as mais puras palavras que já tive oportunidade de ler…

QUASE NADA

O amor
é uma ave a tremer
nas mãos duma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.

Eugénio de Andrade, in Primeiros Poemas

“Diante do papel, que «la blancheur défend», o poeta é uma longa e só hesitação”, diz o autor de Os Amantes Sem Dinheiro, acerca do seu processo de produção poética. Após uma declaração destas, é certo que se pode, com aparente razão, argumentar que palavras como as deste poema, que carecem daquilo a que chamamos espontaneidade, que foram previamente pensadas de forma morosa e são, com certeza, fruto de um trabalho aturado do poeta, não podem ser puras, mas antes artificiais e fabricadas. Contudo, é necessário lembrar e ter consciência que espíritos realmente puros, dificilmente os haverá e, como nas palavras, é necessário um longo e penoso sacrifício a que poucos se atrevem: extrair do espírito as influências nefastas do exterior e caminhar, sozinho, para a descoberta da beleza cristalina e leve, tão rara no nosso efémero quotidiano.